sexta-feira, 27 de maio de 2011

TEMPO: A primavera chegou


A primavera chegou na Alemanha e todos querem trocar os casacos pesados e as botas por roupas leves e frescas. Tudo ao nosso redor toma novas formas e vida: as árvores, a grama, as plantas... brotando, enfeitando e colorindo o mundo. Em algumas partes do país a temperatura chegou à 20ºC.

Seguem abaixo algumas dicas para aproveitar a primavera em Munique (nos próximos dias irei postar um pouco sobre cada tema)

  1. Tomar uma cerveja no Biergarten (Jardim da Cerveja) - eles abrem na primavera e vão até o final do outono.

  2. Aproveitar o sol na praia artifical em frente à Universidade de Munique - Kulturstrand

  3. Churrasco à beira do rio que passa pela cidade - Isar

  4. Passear pela festa da primavera - Fruehlingsfest




sexta-feira, 20 de maio de 2011

VALE À PENA CONHECER: Badeschiff em Berlim


Curtir a natureza em pleno centro da cidade? Uma piscina pública que flutua no Rio Spree, situada no centro da cidade de Berlim, possibilita um ambiente relaxante tanto para os turistas que vem visitar a capital da Alemanha como para os próprios moradores da cidade. O Badeschiff tem 34 metros de cumprimento e já tornou-se um dos principais pontos turísticos da Berlim moderna.


Quem passa por lá, pode descansar na praia artificial enquanto aproveita um drink do Open-Air-Bar. Além disso, o Badeschiff oferece cursos de Ioga e Aeróbica, assim como massagens tranqüilizantes. Para os amantes da vida noturna, o Badeschiff vira palco para shows, concertos e festas com DJs conceituados do mundo todo.


A Piscina foi desenvolvida, projetada e construída pelo escritório AMP Arquitectos de Teneriffa em parceria com o Arquiteto Gil Wilk e a artista Susanne Lorenz.



quinta-feira, 19 de maio de 2011

CULTURA: Orquestra alemã em Vitória


Hoje se apresenta em Vitória, de graça, a Hannover Chamber Orquestra (Orquestra de Câmara de Hannover)

Confira a matéria que saiu no Caderno 2 da Gazeta:

Orquestra alemã de graça na capital
Marcelo Pereira

A Hannover Chamber Orchestra (Orquestra de Câmara de Hannover) abre o calendário de apresentações da série "Concertos Internacionais", hoje, às 20h, no Teatro Carlos Gomes, em Vitória. Fundado na Alemanha em 1964, atualmente, o grupo tem como regente o polonês Adam Kostecki, que também é seu diretor artístico e violinista solo. No programa, Vivaldi, Vitali, Mozart, Elgar e Respighi.

O projeto, da Associação Cultural Ricardina Stamato, trará até o fim de 2011 orquestras de câmara da França, Polônia, Itália, Holanda, República Tcheca e Canadá. Conta com apoio do governo do Estado e de empresas.

"Os grupos se apresentarão também para crianças e adolescentes da rede pública de ensino, para despertar o interesse e a curiosidade desse estilo musical nos jovens", reforça a presidente da associação, Gracinha Neves. A iniciativa de colocar o Espírito Santo na rota de turnês de orquestras estrangeiros acontece desde 1993.

CONTOS DE FADA: Seguindo os passos dos Irmãos Grimm



A Alemanha foi e continua sendo inspiração de grandes fábulas, lendas, contos e mitos. E foi por essa razão que, em 1975, para mapear as origens de cada história, um grupo de comerciantes resolveu fundar a Märchenstrasse – a via dos contos. Com 600 km e 65 etapas, ela passa por boa parte da Alemanha, de Hanau, cidade no sudeste do país, até Bremen, no norte.

Muita música e cultura, oito parques e vistas maravilhosas de montanhas e rios ficam no caminho de uma das mais procuradas rotas turísticas da Europa. Pequenas aldeias coloridas e cidades românticas dos contos dos Irmãos Grimm – escritores responsáveis pela existência de Rapunzel, João e Maria, Bela Adormecida, entre outros - aparecem para os visitantes como páginas de um livro de histórias.

Durante os passeios, o que mais fascina os visitantes é saber que os Irmãos Grimm fizeram aquele mesmo caminho, em busca de idéias para novos contos. Foi ouvindo as sagas e os mitos dos vários moradores de cidades diferentes que os Grimm conseguiram o material base para seus famosos contos. Em Bremen, ponto de partida da rota, nasceu um dos mais famosos contos dos Irmãos Grimm, “Os Músicos de Bremen”. Já a cidade de Kassel deu origem aos contos: “O Gato de Botas” e “Branca de Neves”. “O chapeuzinho vermelho” veio ao mundo em Schwalmstadt, enquanto Polle traz como atração o castelo de “Cinderela”.

Essa minha matéria foi publicada no site da Embaixada da Alemanha - AlemanJA: www.alemanja.org

quarta-feira, 18 de maio de 2011

ABITUR: O ano do exame decisivo


Noites mal dormidas, olheiras e mal estar: esses são os principais sintomas de quem vive o teste de fogo nomeado como Abitur. O Abitur é o exame que conclui o ensino secundário na Alemanha e que equivale ao vestibular brasileiro, servindo como passaporte para ingressar em uma universidade na Europa.

O último ano no ensino secundário é fundamental para os alunos alemães. Afinal, é a nota final - somatória de todas as provas feitas ao longo do ano - que vai traçar a trajetória universitária e garantir ou não uma vaga no curso escolhido. As provas são descritivas e orais e normalmente feitas em cinco matérias que o aluno escolheu e estudou com ênfase ao longo do ano.

No século 18 eram as universidades que definiam os aprovados. Foi apenas em 1778 que a Prússia introduziu o Abiturreglement. O documento criou regras para verificar se o aluno alcançou o grau da educação escolar necessário, pré-requisito para iniciar um curso superior.

O que equivale ao 1° e 2° graus no Brasil dá um total de treze anos na Alemanha. Os estrangeiros que pretendem estudar em uma universidade alemã têm o próprio Abitur deles, chamado de Studienkolleg que serve para equiparar o restante para totalizar os 13 anos.

Certos costumes acompanham o Abitur. São eles: Abiball (parecido com o baile de formatura), Abistreich (dia em que os formandos dominam a escola e fazem brincadeiras com os professores) e Abireise (viagem para festejar a conquista), entre outros.

Essa minha matéria foi publicada no site da Embaixada da Alemanha - AlemanJA: www.alemanja.org

terça-feira, 17 de maio de 2011

DIVERSÃO: Jantar alemão



No dia 28.05.2011 será realizado o 2º Jantar Alemão no Clube Alvares Cabral, que está sendo organizado pela Associação Albergue Martim Lutero. Maiores informações podem ser obtidas com a sra. Jaqueline Kuster/Albergue Martim Lutero - 3344-6820 / 9907-7603.

O cardápio é imperdível e a música garante a animação!

quinta-feira, 12 de maio de 2011

CINEMA ALEMÃO: A música e o silêncio




Com grande sensibilidade, a diretora alemã Caroline Link, retrata no filme "A música e o silêncio" a vida de Lara, uma menina de oito anos, que vive com seus pais, ambos deficientes auditivos. A garota que nasceu com a audição normal, acaba sendo sempre o elo entre o mundo silencioso dos pais e o mundo sonoro. Com o passar dos anos, ao descobrir seu amor pela música, ela começa à tocar clarineta e rapidamente se depara com a incapacidade de seu pai em compreender a paixão pela música e o desejo de construir uma carreira e vida além dos laços familiares.

Os diálogos entre pai e filha são o que mais impressionam no filme. Ao tentar descrever os sons das coisas para o pai, Lara responde à perguntas como: “Que som faz o sol quando nasce?” e “Que som faz a neve quando cai na grama”. Com grande respeito perante a deficiência auditiva, este filme melodramático é praticamente um poema com uma trilha sonora fantástica e fotografias lindas.

Eu devia ter uns 10 a 11 anos quando vi o filme no cinema, mas ele me tocou de tal maneira que depois daquele dia eu queria ser professora de surdos e mudos. O tempo foi passando e os interesses mudando, mas "A Música e o Silêncio" não deixa de fazer parte da minha lista de melhores filmes que assisti até então. E quando sinto saudade da Alemanha, já sei que filme assistir...

• Direção: Caroline Link
• Roteiro: Caroline Link, Beth Serlin
• Gênero: Drama/Música
• Origem: Alemanha
• Duração: 109 minutos
• Tipo: Longa-metragem
• Ano: 1996


segunda-feira, 9 de maio de 2011

HINO NACIONAL: A história da canção dos alemães


Em 1841, quando ouvia hinos de vários países durante exílio sob domínio inglês na ilha de Helgoland, o alemão August Heinrich Hoffmann von Fallersleben se deu conta de que a Alemanha não possuía um próprio. Sobre a melodia do austríaco Joseph Haydn – o Hino do Imperador - o poeta e professor de literatura decidiu então criar um poema sobre o seu amor à pátria.

Intitulado “Canção dos alemães” (Lied der Deutschen), o povo germânico imediatamente se identificou com o texto. No entanto, foi somente em 1922 que o primeiro presidente da República de Weimar - Friedrich Ebert - oficializou a canção como Hino Nacional da Alemanha. Em 1945, com o fim da Segunda Guerra Mundial e Alemanha destruída, o sentimento de pátria e orgulho fora substituído por vergonha e culpa. O país novamente ficava sem hino.

Em 1949, Theodor Heuss, o primeiro Presidente da República Federal da Alemanha, começou a convocar compositores a apresentarem novas sugestões. No entanto, nada lhe agradava. Foi apenas em 1952, que Konrad Adenauer, ento Chanceler Federal da Alemanha, deu vida novamente à canção dos alemães, ao recolocá-la como hino nacional, apenas com a condição de que somente a terceira estrofe fosse cantada em solenidades oficiais: "Unidade e direito e liberdade para a pátria alemã! Vamos todos buscar este ideal fraternalmente, com coração e mãos! Unidade e direito e liberdade são o penhor da felicidade. Floresce na luz desta felicidade! Floresce pátria amada!"


Essa minha matéria foi publicada no site da Embaixada da Alemanha - AlemanJA: http://www.alemanja.org/

sábado, 7 de maio de 2011

CINEMA ALEMÃO: Simplesmente Martha


Leve, encantador e romântico: São esses os adjetivos que descrevem o filme alemão: “Simplesmente Martha”. Quando vi o cartaz em 2001, ele chamou minha atenção principalmente pelo título original: Bella Martha. ;) Assisti-o na época com uma amiga e saímos do filme relembrando e relatando todas as cenas. Sabe quando a gente não quer parar de falar daquele filme? Amei naquele dia e adorei quando revi alguns meses atrás. Vale muito à pena assistir. Depois em 2007 refizeram a história em uma versão americana “Sem reservas”. Achei legal, mas prefiro a versão original. Segue abaixo a ficha técnica e um breve resumo do filme que encontrei no site http://www.adorocinema.com/filmes/simplesmente-martha/ .


Título original: Bella Martha
Lançamento: 2001 (Alemanha)
Direção: Sandra Nettelbeck
Atores: Martina Gedeck, Maxine Foerste, Sergio Castellito, August Zirner
Duração: 105 min
Gênero: Comédia
Status: Arquivado

Sinopse
Martha (Martina Gedeck), com seu modo charmoso e obsessivo, cria verdadeiras obras de arte cozinhando num pequeno restaurante em Hamburgo. Apesar disso, seu cotidiano é monótono. Martha é muito introvertida e praticamente não possui vida própria, dedicando-se totalmente ao trabalho. Tudo isso muda quando sua irmã morre em um acidente, fazendo com que ela tenha de cuidar de Lina (Maxine Foerste), sua sobrinha de oito anos. É quando aparece Mario (Sergio Castellito), um extrovertido cozinheiro italiano que consegue trazer um pouco de alegria para as duas. No momento em que Martha e Mario começam um romance, o pai de Lina, que há muito tempo estava desaparecido, surge querendo levá-la para a Itália.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

INTERCÂMBIO LITERÁRIO: Escritores brasileiros na Alemanha


Paulo Coelho e outros autores de renome no Brasil invadem prateleiras e ocupam as listas de mais lidos no país.

Com grandes nomes como Paulo Coelho, Jorge Amado, Érico Veríssimo, seu filho Luiz Fernando Veríssimo, Chico Buarque, Lya Luft e muitos outros, os autores brasileiros ganham cada vez mais espaço no mercado literário alemão. Vários escritores de coração verde e amarelo já garantiram seu lugar na mesa de cabeceira do cidadão alemão.

Um dos escritores mais traduzidos para a língua alemã é Jorge Amado. Como símbolo de sua glória ele faz parte da linha crítica de literatura da edição Textos e Críticas (Text und Kritik) e ganha espaço nas prateleiras dos professores ginasiais das escolas alemãs. A narrativa: “Gabriela, cravo e canela” até hoje é admirada pelos leitores. Muitas obras de Jorge Amado foram adaptadas para as telas de cinema, como o famoso romance: “Dona Flor e seus dois maridos”.

Paulo Coelho, provavelmente um dos autores brasileiros mais conhecidos, não cansa de vender livros na Alemanha. O sucesso mundial, “O Alquimista”, se posicionou seis anos na lista de Bestsellers da Alemanha. Segundo uma entrevista dada ao ZDF Online, Paulo Coelho deixa bem claro seu respeito pelo país. “Vejo a Alemanha com a inocência de uma criança. Reconheço em vocês (os alemães) a postura firme perante o presente e é a mesma postura que não deixa vocês esquecerem o passado.” Como prova de seu sucesso na Alemanha, na feira do livro de Frankfurt, Paulo Coelho, entrou para o Guinness Book of Records como o autor que mais assinou livros em edições diferentes.

Já Chico Buarque, mais conhecido como cantor e compositor, sempre soube exatamente como juntar as palavras para formar as canções mais tocantes e poéticas. Hoje suas obras são extremamente respeitadas na Alemanha. No entanto, a população alemã ainda sente certo receio com seus romances. Porém, “Budapeste”, lançado em 2003, vendeu bastante, teve críticas, tanto positivas quanto negativas.

Outro escritor que degusta o sabor do sucesso na Alemanha é Luiz Fernando Veríssimo. Com os romances policiais: “O Jardim do Diabo” e “O Clube dos Anjos”, os leitores alemães já mergulharam nas histórias do filho que seguiu a mesma carreira do pai, Érico Veríssimo. As obras do escritor Érico Veríssimo já circulam nas livrarias e bibliotecas da Alemanha. A trilogia: “O tempo e o vento” é somente um de seus romances mundialmente reconhecidos.

Outra escritora cujo caminho também percorre a Alemanha é Lya Luft. A autora já traz um pouco do alemão em seu sobrenome: Luft, que significa ar. Como ela nasceu em Santa Cruz do Sul, Rio Grande do Sul, uma cidade de colonização alemã, a maioria das crianças lá dominavam o alemão. Assim, aos 11 anos já decorava poemas de Goethe e Schiller. Lya Luft traduziu livros de renomados autores da língua alemã como Rainer Maria Rilke, Hermann Hesse, Günter Grass e Thomas Mann.

Essa minha matéria foi publicada no site da Embaixada da Alemanha - AlemanJA: http://www.alemanja.org/

quinta-feira, 5 de maio de 2011

SANTA FU: Grife nascida em penitenciária vira cult



Santa Fu: Um nome que até então era somente referência para a penitenciária Fuehlsbuettel, em Hamburgo, no norte da Alemanha, agora também marca o nome de uma grife de moda. Camisas, bonés, toalhas, kits de higiene, diários, CD´s, bottons e vários outros produtos são fabricados artesanalmente e comercializados pelos próprios detentos.

Entre os vários artigos da coleção, as camisetas com estampas tais como “Prisão Perpétua”, “Justiça” e “Livre de Novo” são as mais desejadas do outro lado das grades. Os amantes do futebol podem obter o uniforme da seleção Santa Fu não somente pela internet (www.santafu.de), como também em lojas que fazem parte do projeto e que disponibilizaram um espaço para comercializar os itens Santa Fu.

Hoje, o projeto Santa Fu, que tinha como propósito inicial a reintegração social, foi muito adiante. Além virar sinônimo de moda e de uma nova possibilidade para os presos, parte dos lucros é destinado à organização Weisser Ring (Anel Branco), cujo objeto é prestar serviços às vítimas, com fim de amenizar o mal causado pelo crime.

Essa minha matéria foi publicada no site da Embaixada da Alemanha - AlemanJA: http://www.alemanja.org/

Fonte da foto: dpa/pa






quarta-feira, 4 de maio de 2011

RDA: Produtos do “lado oriental” ressurgem para matar saudade


Com a queda do Muro de Berlim em 1989 e a Reunificação em 1990, as mudanças bruscas não aconteceram apenas no ambiente político da Alemanha. Especialmente na antiga RDA (República Democrática Alemã), algumas lembranças foram apagadas da noite para o dia. Hoje elas voltam em tom nostálgico. É a chamada Ostalgie, ou, nostalgia do leste, que tornou itens de necessidade básica da Alemanha socialista em ícones de consumo da Alemanha unificada.

Em um primeiro momento, todos os produtos de marcas da RDA sumiram das prateleiras do supermercado, sendo trocados por produtos do lado ocidental, especialmente alimentos. Este momento é muito bem-retratado no filme alemão “Adeus, Lenin” (2003, Wolfganger Becker), quando o personagem principal da trama tem dificuldade para encontrar produtos típicos da RDA para sua mãe, que entra em coma antes da Queda do Muro, e acorda com a Alemanha praticamente reunificada.

Muitas empresas não puderam sobreviver a concorrência no mercado europeu e mundial e por isso muitos empregos desapareceram. O calor da novidade passou e aos poucos vários comércios ganharam vida para atender ao público saudoso do que era tipicamente oriental.

Em Berlim é possível pagar por um passeio em um Trabant. Marcas como os picles em conserva Spreewaldgurken, o espumante Rotkaeppchen Sekt e o refrigerante de cola Vita Cola sobreviveram ao tempo. O homem do semáforo Ampelmann espécie de mascote da RDA, ganhou uma franquia de lojas e está estampado em toda sorte de produtos comerciais. A Ostalgie virou moda e sites passaram a vender exclusivamente produtos do lado oriental pré-reunificação.



Essa minha matéria foi publicada no site da Embaixada da Alemanha - AlemanJA: www.alemanja.org


terça-feira, 3 de maio de 2011

DO DIALETO AO HOCHDEUTSCH: Muitas Alemanhas em uma

O alemão é a única língua oficial da Alemanha. Cerca de 100 milhões de Europeus dominam o alemão, assim que, depois do russo, é a língua mais difundida da Europa e faz parte das 10 línguas mais faladas do mundo. No entanto a pronúncia varia em cada região do país. Ainda que a língua escrita seja uniforme em toda a Alemanha, há uma série de dialetos regionais que podem dificultar a compreensão, já que, segundo o famoso poeta Johann Wolfgang von Goethe, no dialeto é que começa a língua falada.

Para melhor entendimento da origem dos dialetos alemães é preciso voltar um pouco na história. O desenvolvimento de diferentes dialetos regionais foi um processo que aconteceu aos poucos, como conseqüência das colonizações, da migração dos povos e das rotas de comércio. Além do fator comunicação, já que esta era feita basicamente pelos rios e o isolamento entre um Estado e outro já que eles eram separados por grandes florestas e íngremes montanhas.

A tradução da Bíblia feita por Martinho Lutero unificou a língua alemã e proporcionou o surgimento do padrão clássico do alemão, o Hochdeutsc. No entanto, certos dialetos como o Bayrisch, cuja origem vem do Estado da Baviera (Bayern), que fica no sul da Alemanha, diferem-se tanto do Hochdeutsch que muitos alemães chegam a não compreendê-lo.

Tipos diferentes

Os dialetos da Alemanha são normalmente classificados em baixo-alemão, médio-alemão e alto-alemão. O alemão baixo é falado nas regiões ocupadas pelo povo germânico no norte da Alemanha que são áreas mais planas e como já diz o nome: baixas. Já o dialeto alto-alemão é comum escutar em regiões mais ao sul do país que são mais altas e montanhosas. Desta forma, os dialetos divididos em grupos se referem às regiões demográficas onde o povo alemão se concentra.

No Brasil:
O alemão falado no Brasil, é um idioma regional sul-brasileiro, sendo assim, não é precisamente reconhecido como um idioma estrangeiro. O dialeto alemão que predomina no país veio com a imigração alemã, o chamado Riograndenser Hunsrückisch. (a origem vem de Hunsrück e do Rheinland-Pfalz na Alemanha) Outro dialeto também muito utilizado no Brasil é o Pomerano, como em Santa Catarina e em várias partes do Estado do Espírito Santo. O interessante neste dialeto é que ele somente sobreviveu no Brasil. Na Alemanha ele deixou de existir.

Confira o Atlas de Dialetos alemães:
http://www.dw-world.de/dw/article0,2144,1597717,00.html

Essa minha matéria foi publicada no site da Embaixada da Alemanha - AlemanJA: www.alemanja.org

segunda-feira, 2 de maio de 2011

SEXO: Qual sua dúvida?


Numa época em que falar de sexo ainda era um enorme tabu, a revista alemã Bravo foi pioneira ao abordar em suas reportagens temas como relacionamento, dúvidas sexuais e a primeira relação. Nem todos os pais deixavam os filhos comprarem a mesma, o que não impedia a leitura atrás do sofá, no banheiro e etc. Em outros países, a revista seria acusada por ser liberal demais. Mas a realidade é que a revista alemã, há quase 40 anos, discute sexo abertamente e sem vergonha.

Tudo começou com um acúmulo de várias cartas para a redação, que continham dúvidas como: “não sei beijar!” ou “não quero transar com meu namorado”. Assim nasce o Dr. Jochen Sommer, que na verdade nem existe. De 1969 a 1984 um médico, psicólogo e professor de alemão, Dr. Martin Goldstein, respondia através do pseudônimo Dr. Jochen Sommer às perguntas feitas pelos adolescentes a respeito de amor, corpo e sexualidade. A coluna “Amor, Sexo e Carinho” fez tanto sucesso que acabou virando referência no país inteiro.

A revista sai semanalmente e em cada edição dois adolescentes posam nus para a página do Dr. Sommer. A foto geralmente acompanha uma reportagem onde os adolescentes dividem suas experiências e contam detalhes íntimos de sua vida sexual. Quando o adolescente é menor de idade, a autorização dos pais é pré-requisito.

Atualmente a coluna está sob os cuidados de uma mulher. Eveline von Arx assumiu o posto em 2003 e aconselha os jovens até hoje. Em uma entrevista dada ao jornal Süddeutsche Zeitung, ela aponta a importância de seu trabalho: “as pessoas estão enganadas ao pensar que na sociedade de hoje os jovens estão bem informados sobre sexo. Na verdade, 63% das crianças de 12 anos não sabem como prevenir uma gravidez”, alerta a especialista.

Essa minha matéria foi publicada no site da Embaixada da Alemanha - AlemanJA: www.alemanja.org

domingo, 1 de maio de 2011

OSTBAHNHOF MUNIQUE: Badalação em antigas fábricas


Munique é uma cidade cosmopolita que reúne em um só lugar diferentes estilos de vida. Um dos points mais freqüentados pelos moradores e turistas, que fica praticamente no centro da cidade, é a área do Ostbahnhof (estação ferroviária do leste de Munique). As diversas atrações culturais e a movimentada vida noturna e cultural agregam gente de todo tipo, na maior concentração de boates e bares de toda a Europa.

A grande maioria fica exatamente atrás da estação ferroviária. Com dois antigos complexos industriais interligados, Kultfabrik e Optimolwerke, o visitante pode escolher entre a música latina, eletrônica, pop, rock e muitas outras. A variedade é tão grande que pessoas de todas as faixas etárias freqüentam o mesmo lugar.

Na Kultfabrik, uma boate com o nome Kalinka, mantém suas tradições e revive a União Soviética com muita vodca, música típica e dança. Já o Babyloon atrai mais pelas festas exuberantes com dançarinas e som eletrônico. A Cohibar, um bar que depois de um certo horário vira boate, agrada aos amantes do ritmo latino e de encontrar gente bonita.

Os complexos industriais não páram e até para quem quer prolongar a noite pode passar o dia na Kultfabrik ou nos Optimolwerke, quando programas culturais como exposições, exibições de filmes e workshops tomam conta do espaço. Outro atrativo é a multiplicidade de opções de comidas, como salsichas alemãs, comida japonesa e delícias da cozinha polonesa.

Para completar, dois trens ligam o aeroporto ao Ostbahnhof a cada 10 minutos. Para quem estiver de passagem por Munique ou pretende visitar a cidade, aconselha-se a estadia em hotéis da redondeza, já que são baratos e o ponto estratégico é bastante prático.

Essa minha matéria foi publicada no site da Embaixada da Alemanha - AlemanJA: http://www.alemanja.org/